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o azeite "Mathias é paixão e tradição em azeite desde 1923"
O que é o azeite?

Cientificamente, o azeite é o sumo oleoso extraído de azeitonas sãs e em perfeitas condições de maturação, por processos unicamente mecânicos, líquido à temperatura ambiente, de cor entre o verde e o amarelo.

Trata-se de um alimento antigo, clássico da culinária contemporânea, regular na dieta mediterrânea e nos dias atuais presente em grande parte das cozinhas.

Além dos benefícios para a saúde o azeite adiciona à comida um sabor e aroma peculiares.

O azeite Mondegão é muito apreciado por possuir uma textura singular, e uma rara complexidade de aromas, ideal para temperar.

A região mediterrânea, atualmente, é responsável por 95% da produção mundial de azeite, favorecida pelas suas condições climáticas, propícias ao cultivo das oliveiras, com bastante sol e clima seco.



Tipos de Azeite

O paladar e a preferência particular de cada consumidor, definem a melhor combinação do tipo de azeite com o tipo de prato. O azeite deve aliar-se com o alimento para realçar o sabor do prato.


Azeite Virgem Extra

Azeite de categoria superior obtido directamente de azeitonas unicamente por processos mecânicos.

São considerados os melhores azeites pois não têm defeitos. Para terem esta classificação entre outros parâmetros químicos e organolepticos o parâmetro da acidez não pode ser superior a 0,8%.


Azeite Virgem

Azeite obtido directamente de azeitonas unicamente por processo mecânicos.

Estes são considerados os azeites da categoria imediatamente seguinte aos azeites virgem extra. Admite-se nesta categoria a existência de defeitos muito ligeiros. Para terem esta classificação entre outros parâmetros químicos e orgonoleticos o parâmetro da acidez não pode ser superior a 2% acidez.


Azeite

Azeite constituído exclusivamente por azeitonas submetidas a um tratamento de refinação e por azeites obtidos directamente de azeitonas. São os azeites de qualidade mais baixa. O parâmetro da acidez não pode ser superior a 1%.

Nesta categoria o produto contém mistura de azeite refinado e azeite virgem.


Azeite Refinado

O azeite refinado provém de azeites cuja análise não apresentava qualidade suficiente para serem consumidos, e por isso tiveram de ser refinados (neutralizados, descolorados e desodorizados). Esta categoria de azeite resulta da mistura dos azeites refinados com azeites de outra categoria (normalmente azeites virgem).


História do azeite

A origem da oliveira, remonta à Era Terciária, anterior portanto ao aparecimento do homem, e se situa na Ásia Menor, provavelmente na Síria ou na Palestina, regiões onde foram descobertos vestígios de instalações de produção de azeite e fragmentos de vasos datados do começo da Idade do Bronze.

Contudo, em toda a bacia do Mediterrâneo foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico, sendo também pesquisada a sua origem ao sul do Cáucaso, nos altos planos do Irão.


História do Azeite em Portugal

O azeite foi um dos primeiros produtos exportados por Portugal.

Os vestígios da presença da oliveira datam da idade do bronze, mas só no séc. XV e XVI é que o seu cultivo se generalizou em todo o país. Vários historiadores atribuem aos romanos a responsabilidade do início do cultivo da oliveira na península ibérica.

O 1º documento salvaguardando a mancha de oliveiras do país foi chamado "código visigótico" que previa uma multa de cinco soldos para quem arrancasse uma oliveira alheia.

Os árabes foram os grandes impulsionadores do cultivo e exploração das oliveiras, e colocavam a oliveira acima de todas as outras espécies. Foram os seus descendentes que após a reconquista que continuaram assegurar as explorações olivícolas na Estremadura e Alentejo.

1932 – É regulamentado o ofício de lagareiro em Évora, mais tarde em Coimbra 1515 e Lisboa em 1572.

Tomar sede da ordem dos Templários viu regulamentada a exploração olivícola em 1162 por autoridade do mestre Gualdim Pais no 1º foral concedido aquela vila.

A partir do séc. XII o azeite torna-se um dos principais produtos de exportação, e em 1650 o azeite era o produto mais exportado para a Inglaterra.

1555 – O rei D João III estabeleceu que não seriam taxados de impostos o azeite, pão e o vinho.

As descobertas marítimas, as conquistas de África, e o Oriente a cultura do azeite acaba por chegar a América e assim espalhando-se por todo mundo onde as condições climatéricas fossem favoráveis ao seu desenvolvimento. Isto trouxe inevitáveis repercussões na produção do azeite pois aprecem novos mercados externos Índia e Brasil.


Processo de transformação

1- Recepção da azeitona: Após apanha, a azeitona chega ao lagar.

2- Limpeza: Retira-se as folhas da oliveira, ramos e pedras.

3- Lavagem: Lavagem das azeitonas.

4- Pesagem: Pesagem da azeitona e separação consoante a sua origem/proveniência.

5- Moenda: No prazo de 24 horas, a azeitona é transformada numa massa através de estruturas metálicas.

6- Batedura: Batimento lento e contínuo da massa, com um suave aquecimento entre 25º a 27º durante 25 a 30 minutos nas prensas ou 50 minutos no sistema de centrifugação. A massa fica uniforme e vai-se proporcionando a junção das pequenas gotículas de azeite.

7- Extração do azeite: Extração do azeite através da decantação ou centrifugação da massa.

8- Filtragem: Após a separação o azeite é filtrado de forma a retirar as partículas que possam existir. Este processo é facultativo.

9- Armazenamento: O armazenamente deve ser em depósitos em inox a uma temperatura entre os 15 e 16º.

10-Embalamento: O azeite é embalado, de preferência, em garrafas de vidro ou recipientes de aço entre 18 e 20ºC.

11-Armazenamento: Deve ser armazenado num local fresco e longe da luz e produtos com cheiros intensos.


Benefícios do azeite

O azeite virgem extra é um produto 100% natural, obtido diretamente das azeitonas por processos exclusivamente mecânicos, contrariamente ao que acontece à maioria dos restantes óleos vegetais que são refinados. O azeite virgem extra é um dos alimentos com maiores propriedades preventivas e curativas que existe na natureza.

Não é necessário um consumo exagerado de azeite. No entanto, para que os benefícios alegados sejam efetivos, recomenda-se um consumo diário mínimo de cerca de 23 g de azeite, o equivalente a duas colheres de sopa.


Acão Antioxidante

Uma dieta rica em azeite torna as células mais resistentes à oxidação e aos radicais livres que é a principal causa de algumas doenças cardíacas, diabetes e alzheimer.


Anti-inflamatório

O consumo de ácidos gordos monoinsaturados presentes no azeite contribui para a redução da atividade inflamatória observada em algumas doenças crónicas caracterizadas por desordens imunitárias.


Cancro

A suscetibilidade das células à oxidação é um dos principais riscos de formação do cancro, por isso uma alimentação rica em antioxidantes como os que se encontram no azeite, ajudam a prevenir o envelhecimento celular e com ele certas formas de cancro.


Coração

Está comprovado que as dietas ricas em azeite podem atenuar o efeito prototrombótico dos alimentos gordos, diminuindo a pressão sanguínea e evitando a coagulação excessiva.


Colesterol

O azeite é rico em esteróis vegetais que provocam a diminuição do colesterol no sangue, impedindo que se solubilize e como consequência diminuem o risco de doenças cardiovasculares. O consumo usual de azeite ajuda a equilibrar os níveis de colesterol no sangue, ou seja, enquanto diminui o LDL (colesterol mau), aumenta o HDL (colesterol bom).


Diabetes

As dietas ricas em azeite (ácidos gordos monoinsaturados e polifenóis) são eficazes na redução das necessidades de insulina em diabéticos. Este tipo de dieta deve ser mantida permanentemente.


Funções cognitivas

O consumo de azeite fornece proteção contra a deterioração das funções cognitivas relacionadas com o envelhecimento, perda de memória pela idade e alzheimer. Também a memória visual e fluência verbal podem ser melhoradas por um consumo regular de azeite.


Longevidade

O consumo de azeite aumenta a longevidade ao contribuir com a eliminação de radicais livres nas moléculas envolvidas em algumas doenças crónicas e envelhecimento.


Obesidade

Dietas ricas em azeite proporcionam uma perda de peso mais duradoura do que uma dieta pobre em gorduras. Por outro lado, quando gordura principal da dieta é o azeite, sofrem menos de obesidade.


Pressão arterial

A substituição de ácidos gordos saturados por ácidos gordos monoinsaturados na dieta conduz a uma diminuição da pressão arterial.


Sistema digestivo

O azeite facilita a expulsão de parasitas intestinais e funciona como anti-microbiana frente à bactéria responsável pela maioria das úlceras de estômago e de muitas gastrites crónicas, que afeta metade da população mundial. Melhora a eficiência do funcionamento do pâncreas e é a gordura que é melhor digerida e absorvida.


Depressão

Estudos relataram melhoria no humor, diminuição da hostilidade e aumento do bem-estar psicológico e uma diminuição da depressão e ansiedade.